Monday, May 24, 2010

Troféu Primavera - Agility em Alenquer

Este fim-de-semana eu e Angel, o meu Pastor Australiano, fomos a uma prova open organizada pelo Clube Canino Amigos do Alão na cidade encantadora de Alenquer.
Ainda podemos entrar como iniciados e valeu a experiência !

prova de agility em Alenquer
prova de agility em Alenquer


prova de agility em Alenquer
Alguns participantes caninos

prova de agility em Alenquer
prova de agility em Alenquer
pastor australiano na prova de agility em Alenquer
A minha Angel a assistir a prova de agility


João Sá e Jimmy de Os Cãogurus

Fonte do Video - http://just-agility.blogspot.com/2010/05/trofeu-primavera-de-agility-para-o.html

Outras actividades:




Seminário de Obediência Desportiva em Lagos - A não perder !!

Seminário de Obediência Desportiva
3º Seminário de Obediência Desportiva - A Selecção Portuguesa de Obedience do Clube Português de Canicultura vai realizar o 3º seminário "Obedience 100 Segredos 2010" , nos próximos dias 29 e 30 de Maio em Lagos com a colaboração do , Clube de Instrução Canina de Lagos.

Seminário de Obediência Desportiva
Dias 29 e 30 Maio - Hórario: 9H - 12H30 / 15H - 18H

Mais informações em http://portugalobedienceteam.blogspot.com/

Tuesday, May 18, 2010

Agility Belém - A nossa primeira experiência numa prova oficial de Agility

Mosteiro do Jerónimos - Belém, Portugal

Mosteiro do Jerónimos - Belém, Portugal

Nunca antes tinha ido a uma prova oficial de Agility e os Caoguros deram-me essa oportunidade, Pasteis de Belem - Portugal
Pasteis de Belém
participando na organização dessa mesma prova. E que melhor inicio do que ir a uma prova organizada num dos lugares mais bonitos de Portugal, Belém.


O palco foi nos seus jardins, a frente do inesquecível Mosteiro do Jerónimos e da famosa casa dos Pasteis de Belém. Tudo ali transpira história, cultura e a nossa verdadeira origem portuguesa.

42º Trofeu de Agility
42º Trofeu de Agility


Pastor Australiano no Agility em Belém
Angel no intervalo, quando experimentamos a pista do 1º nivel
Para quem assiste ou apenas participa numa prova, não se apercebe do esforço, dedicação e no fim prazer que envolve a organização com sucesso de uma prova desta natureza.

Começa-se com a manutenção dos obstáculos e verificação que estão em bom estado. Passa-se ao seu carregamento e transporte para o local da prova. Depois há que fechar o recinto e colocação dos obstáculos conforme o critério do juiz. Por fim tem que haver uma organização documental rigorosa e atenta, passando pela assistência no recinto aos concorrentes e juiz.


Pastor Australiano no Agility em Belém
Angel no intervalo, quando experimentamos a pista do 1º nivel
Muito trabalho, mas que não tira o prazer de ver as provas dos condutores-cães, algumas com sucesso e outras não, mas sempre realizadas com muito entusiasmo e alegria pelos binómios.

Claro, que no intervalo para almoço eu e o meu Pastor Australiano, Angel, fomos experimentar o circuito do 1º nível e até que correu bastante bem. Portanto, na próxima espero também concorrer.

Sem duvida foi uma experiência inesquecível de convívio e trabalho num dos desportos mais giros com pessoas e cães.

Os meus agradecimentos aos Caoguros por esta oportunidade inesquecível !

Pastor Australiano no Agility em Belém
Angel no intervalo, quando experimentamos a pista do 1º nivel



Equipa Caoguros
Equipa Caoguros (fonte imagem: Caoguros Blogspot


Pastor Australiano no Agility

Outras actividades:




Friday, May 07, 2010

A grande visita a Portugal – um momento de reflexão

Nossa Senhora de Fátima
Sabem, conforme se vai aproximando a tal "grande visita" a Portugal do papa, as pessoas comentam, falam e trocam ideias.

Sendo Portugal um país maioritariamente católico, é apenas natural que nós católicos sintamos que chegou o momento de reflectir na importância deste evento e mais ainda na importância do 13 de Maio, dia de Nossa Senhora de Fátima.

Ora eu sempre soube por alto da história de Nossa Senhora de Fátima, mas resolvi estudar melhor a história e francamente fiquei desapontada com o que se publica e descobre-se na Internet.

Eu sempre vi Nossa Senhora como uma padroeira das mães e crianças, Nossa Senhora e o bébé Jesusaté porque, sempre achei que a vida desta mãe deve ter sido muito difícil e mais difícil ainda porque assistiu a morte horrível do filho.
Portanto se alguém sabe o que é sofrer pelos filhos, esta é uma mãe que sabe e entende o que nós mães passamos.

Como tal, sempre que me vejo impossibilitada de estar a acompanhar o meu filho é a Nossa Senhora que dirijo uma prece mental para que olhe pelo meu pequenino e zele por ele.

Sendo assim é com grande tristeza que leio a história de Nossa Senhora de Fátima que me transmite a imagem de alguém cruel que pede a 3 crianças pequeninas que sofram pelos pecados dos adultos … francamente não acredito no que leio … e mantenho a versão que tinha de Nossa Senhora que se dirigiu a 3 crianças pobres, falou com elas, porque é mãe e delas se apiedou e talvez procurou confortá-las dando-lhes um rumo (num mundo sem futuro) na vida como profetas e visionárias.

Nossa Senhora juntamente com São Francisco de Assis são os dois santos a quem mais dirijo as minhas preces e orações.São Francisco de Assis

São Francisco de Assis era querido pelo meu pai e ele sempre disse que quando falecesse, seria para o seu jardim celestial que iria, para ajudar São Francisco a cuidar dos animais que lá estão e eu gosto de imaginar que é lá que está a alma do meu pai.

Para quem não sabe São Francisco de Assis foi um homem que nasceu de famílias abastadas e optou no decurso da sua vida por se dedicar a igreja e aos animais. Ele defendia o ideal de uma irmandade que integrasse todos os homens, a natureza e os animais.
Para ele, cada ser era a expressão da bondade de Deus e por isso amar um animal era também amar Deus e a sua criação.

Concluindjardim celestialo … a mim raramente me apanham numa igreja ou noutro local de culto, apesar de eu achar muitas igrejas monumentos históricos dignos de serem visitados. Sigo as palavras de Jesus que dizia que a igreja, crença e devoção está dentro de cada um de nós e na forma como encaramos a vida.
Portanto nesta visita papal e nesta data de 13 de Maio é a Nossa Senhora de Fátima e a São Francisco de Assis que dirijo os meus pensamentos e preces para que aqueles que estejam entre nós, pessoas e animais, vivam felizes e protegidos, e aqueles que nos deixaram, estejam no tal jardim celestial.

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Referência Histórica:
Avelino de Almeida
Publ.: "O Século", Lisboa (edição da manhã) 37 (l2.876) 15 Out. 1917, p. 1, cols. 6-7; p. 2, col. 1.


"O Século" noticia:
O MILAGRE DO SOL

O jornal "O Século" publica um artigo de Avelino de Almeida, onde este descreve o que presenciou na Cova da Iria no dia 13 de Outubro de 1917.

COISAS ESPANTOSAS!
COMO O SOL BAILOU AO MEIO DIA EM FÁTIMA
As aparições da Virgem - Em que consistiu o sinal do céu - Muitos milhares de pessoas afirmam ter-se produzido um milagre - A guerra e a paz
Lucia, de 10 anos; Francisco, de 9, e Jacinta, de 7, que na charneca de Fátima, concelho de Vila Nova de Ourem, dizem ter falado com a Virgem Maria


OUREM, 13 de Outubro
Ao saltar, após demorada viagem, pelas dezasseis horas de honrem, na estação de Chão de Maçãs, onde se apearam tambem pessoas religiosas vindas de longes terras para assistir ao "milagre", perguntei, de chofre, a um rapazote do "char-á-bancs" da carreira se já tinha visto a Senhora. Com seu sorriso sardoico e o olhar enviezado, não hesitou em responder-me:

- Eu cá só lá vi pedras, carros, automoveis, cavalgaduras e gente!

Por um facil equivoco, o trem que nos devia conduzir, a Judah Ruah e a mim, até à vila, não apareceu e decidimo-nos a calcoffiar corajosamente cêrca de duas leguas por não haver logar para nós na diligência e estarem, desde muito, afreguezadas as carriotas que aguardavam passageiros. Pelo caminho, topámos os primeiros ranchos que seguiam em direção ao local santo, distante mais de vinte kilometros bem medidos.

Homens e mulheres vão quasi todos descalços - elas com saquiteis à cabeça, sobrepujados pelas sapatorras; eles abordoando-se a grossos vara-paus e cautelosamente munidos tambem de guarda-chuva. Dir-se-hiam, em geral, alheados do que se passa à sua volta, n"um desinteresse grande da paizagem e dos outros viandantes, como que imersos em sonho, rezando n"uma triste melopeia o terço. Uma mulher rompe com a primeira parte da ave-maria, a saudação; os companheiros, em côro, continuam com a segunda parte, a suplica. N"um passo certo e cadenciado, pisam a estrada poeirenta, entre pinhaes e olivedos, para chegarem antes que se cerre a noite ao sitio da aparição, onde, sob o relento e a luz fria das estrelas, projetam dormir, guardando os primeiros Jogares junto da azinheira bemdita - para no dia de hoje verem melhor.

À entrada da vila, mulheres do povo a quem o meio já infêtou com o virus do céticismo, comentam, em tom de troça, o caso do dia:

- Então vaes vêr ámanhã a santa?

- Eu, não. Se ela ainda cá viesse!

E riem-se com gosto, emquanto os devotos proseguem indiferentes a tudo o que não seja o objetivo da sua romagem. Em hourem só por uma amabilidade extrema se encontra aposentadoria. Durante a noite, reunem-se na praça da vila os mais variados veículos conduzindo crentes e curiosos sem que faltem velhas damas vestidas de escuro, vergadas já ao peso dos anos, mas faiscando-lhes nos olhos o lume ardente da fé que as animou ao ato corajoso de abandonar por um dia o inseparavel cantinho da sua casa. Ao romper d"alva, novos ranchos surgem intrépidos e atravessam, sem pararem um instante, o povoado, cujo silencio quebram com a harmonia dos canticos que vozes femininas, muito armadas, entoam n"um violento contraste com a rudeza dos tipos...

O sol nasce, mas o cariz do céu ameaça tormenta. As nuvens negras acastelam-se precisamente sobre as bandas de Fátima. Nada, todavia, detem os que por todos os caminhos e servindo-se de todos os meios de locomoção para lá confluem. Os automoveis luxuosos deslisam vertiginosamente, tocando as buzinas; os carros de bois arrastam-se com vagar a um lado da estrada; as galeras, as vitorias, os caleches fechados, as carroças nas quaes se improvisaram assentos vão ajoujados a mais não poderem. Quasi todos levam com os farneis, mais ou menos modestos, para as bocas cristãs a ração de folhelho para os irracionaes que o "poverelo" de Assis chamava nossos irmãos e que cumprem valorosamente a sua tarefa... Tilinta uma ou outra guiseira, vê-se uma carrocinha adornada de buxo; no emtanto, o ar festivo é discreto, as maneiras são compostas e a ordem absoluta... Burrinhos choutam à margem da estrada e os ciclistas, numerosissimos, fazem prodígios para não esbarrar de encontro aos carros.

Pelas dez horas, o ceu tolda-se totalmente e não tardou que entrasse a chover a bom chover. As cordas de agua, batidas por um vento agreste, fustigam os rostos, encharcando o macadame e repassando até os ossos os caminhantes desprovidos de chapeus e de quaesquer outros resguardos. Mas ninguem se impaciente ou desiste de proseguir e, se alguns se abrigam sob a copa das arvores, junto dos muros das quintas ou nas distanciadas casas que se debruçam ao longo do caminho, outros continuam a marcha com uma impressionante resistencia, notando-se algumas senhoras cujos vestidos colados aos corpos, por efeito do impeto e da pertinácia da chuva, lhes desenham as fórmas como se tivessem saído do banho!

O ponto da charneca de Fátima, onde se disse que a Virgem aparecera aos pastorinhos do logarejo de Aljustrel, é dominado n"uma enorme extensão pela estrada que corre para Leiria, e ao longo da qual se postaram os veículos que lá conduziram os peregrinos e os mirones. Mais de cem automoveis alguem contou e mais de cem bicicletas, e seria impossível contar os diversos carros que atravancaram a estrada, um d"eles o auto-omnibus de Torres Novas, dentro do qual se irmanavam pessoas de todas as condições sociaes.

Mas o grosso dos romeiros, milhares de creaturas que foram de muitas leguas ao redor e a que se juntaram fieis idos de varias províncias, alemtejanos e algarvios, minhotos e beirões, congregam-se em tomo da pequenina azinheira que, no dizer dos pastorinhos, a visão escolhera para seu pedestal e que podia considerar-se como que o centro de um amplo circulo em cujo rebordo outros espectadores e outros devotos se acomodam. Visto da estrada, o conjunto é simplesmente fantástico. Os prudentes camponios, abarracados sob os chapeus enormes, acompanham, muitos d"eles, o desbaste dos parcos farneis com o conduto espiritual dos hinos sacros e das dezenas do rosario.

Não ha quem tema enterrar os pés na argila empapada, para ter a dita de ver de perto a azinheira sobre a qual ergueram um tosco portico em que bamboleiam duas lanternas... Altenam-se os grupos que cantam os louvores da Virgem, e uma lebre, espavorida, que galga matagal em fóra, apenas desvia as atenções de meia duzia de zagaletes que a alcançam e prostram à cacetada...

E os pastorinhos? Lucia, de 10 anos, a vidente, e os seus pequenos companheiros, Francisco, de 9, e Jacinta, de 7, ainda não chegaram. A sua presença assinala-se talvez meia hora antes da indicada como sendo a da aparição. Conduzem as rapariguinhas, coroadas de capelas de flôres, ao sitio em que se levanta o portico. A chuva cae incessantemente mas ninguem desespera. Carros com retardatários chegam à estrada. Grupos de freis ajoelham na lama e a Lucia pede-lhes, ordena que fechem os chapeus. Transmite-se a ordem, que é obedecida de pronto, sem a minima relutância. Ha gente, muita gente, como que em extase; gente comovida, em cujos labios secos a prece paralisou; gente pasmada, com as mãos postas e os olhos borbulhantes; gente que parece sentir, tocar o sobrenatural...

A criança afirma que a Senhora lhe falou mais uma vez, e o céu, ainda caliginoso, começa, de subito, a clarear no alto; a chuva pára e presente-se que o sol vae inundar de luz a paizagem que a manhã invernosa tomou ainda mais triste...

A hora antiga" é a que regula para esta multidão, que calculos desapaixonados de pessoas cultas e de todo o ponto alheias ás influencias misticas computam em trinta ou quarenta mil creaturas... A manifestação miraculosa, o sinal visivel anunciado está prestes a produzir-se - asseguram muitos romeiros... E assiste-se então a um espectáculo unico e inacreditavel para quem não foi testemunha d"ele. Do cimo da estrada, onde se aglomeram os carros e se conservam muitas centenas de pessoas, a quem escasseou valor para se meter à terra barrenta, vê-se toda a imensa multidão voltar-se para o sol, que se mostra liberto de nuvens, no zenit. O astro lembra uma placa de prata fosca e é possivel fitar-lhe o disco sem o minimo esforço. Não queima, não cega. Dir-se-hia estar-se realisando um eclipse. Mas eis que um alarido colossal se levanta, e aos espectadores que se encontram mais perto se ouve gritar:

- Milagre, milagre! Maravilha, maravilha!

Aos olhos deslumbrados d"aquele povo, cuja atitude nos transporta aos tempos biblicos e que, palido de assombro, com a cabeça descoberta, encara o azul, o sol tremeu, o sol teve nunca vistos movimentos bruscos fóra de todas as leis cosmicas - o sol «bailou», segundo a tipica expressão dos camponeses.. Empoleirado no estribo do auto-omnibus de Torres Novas, um ancião cuja estatura e cuja fisionomia, ao mesmo tempo doce e energica, lembram as de Paul Déroulède, recita, voltado para o sol, em voz clamorosa, de principio a fim, o Credo. Pergunte quem é e dizem-me ser o sr. João Maria Amado de Melo Ramalho da Cunha Vasconcelos.

Vejo-o depois dirigir-se aos que o rodeiam, e que se conservaram de chapeu na cabeça, suplicando-lhes, veementemente, que se descubram em face de tão extraordinária demonstração da existência de Deus. Cenas idênticas repetem-se n"outros pontos e uma senhora clama, banhada em aflitivo pranto e quasi n"uma sufocarão:

- Que lastima! Ainda ha homens que se não descobrem deante de tão estupendo milagre!

E, a seguir, perguntam uns aos outros se viram e o que viram. O maior numero confessa que viu a tremura, o bailado do sol; outros, porém, declaram ter visto o rosto risonho da propria Virgem, juram que o sol girou sobre si mesmo como uma roda de fogo de artificio, que ele baixou quasi a ponto de queimar a terra com os seus raios... Ha quem diga que o viu mudar sucessivamente de côr...

São perto de quinze horas.

O ceu está varrido de nuvens e o sol segue o seu curso com o esplendor habitual que ninguem se atreve a encarar de frente. E os pastorinhos? Lucia, a que fala com a Virgem, anuncia, com ademanes teatraes, ao colo de um homem, que a transporta de grupo em grupo, que a guerra terminára e que os nossos soldados iam regressar... Semelhante nova, todavia, não aumenta o jubilo de quem a escuta. O sinal celeste foi tudo. Ha uma intensa curiosidade em vêr as duas rapariguinhas com suas grinaldas de rosas, ha quem procure oscular as mãos das «santinhas», uma das quaes, a Jacinta, está mais para desmaiar do que para danças", mas aquilo por que todos anciavam - o sinal do ceu - bastou a satisfazel-os, a radical-os na sua fé de carvoeiro. Vendedores ambulantes oferecem os retratos das crianças em bilhetes postaes e outros bilhetes que representam um soldado do Corpo Expedicionario Portuguez "pensando no auxilio da sua protetora para salvação da Patria" e até uma imagem da Virgem como sendo a figura da visão...

Bom negocio foi esse e decerto mais centavos entraram na algibeira dos vendedores e no tronco das esmolas para os pastorinhos do que nas mãos estendidas e abertas dos leprosos e dos cegos que, acotevelando-se com os romeiros, atiravam aos ares seus gritos lancinantes...

O dispersar faz-se rapidamente, sem dificuldades, sem sombra de desordem, sem que fosse mister que o regulasse qualquer patrulha da guarda. Os peregrinos que mais depressa se retiram, correndo estrada fóra, são os que primeiro chegaram, a pé e descalços com os sapatos à cabeça ou dependurados nos varapaus. Vão, com a alma em lausperene, levar a boa nova aos logarejos que não se despovoaram de todo. E os padres? Alguns compareceram no local, sorridentes, enfileirando mais com os espectadores curiosos do que com os romeiros avidos de favores celestiaes. Talvez um ou outro não lograsse dissimular a satisfação que no semblante dos triunfadores tantas vezes se traduz...

Resta que os competentes digam de sua justiça sobre o macabro bailado do sol que hoje, em Fátima, fez explodir hossanas dos peitos dos fieis e deixou naturalmente impressionados - ao que me asseguraram sujeitos fidedignos os livres pensadores e outras pessoas sem preocupações de natureza religiosa que acorreram à já agora celebrada charneca.




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milagre do sol
milagre do sol
milagre do sol